sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Factos!!
Hoje dei por mim a pensar em factos!
Acordei em início de Julho para aquilo que se preparava para um verão caseiro. Planeei tempos de escrita, tempos de reflexão, de acalmia, para que este fosse um ano decisivo na minha vida a vários níveis. Prometi escrever e assim o fiz.
De longe vi conversas tidas no passado, questionei, revi alguns pensamentos, reprogramei programas que fiz. Tudo com uma base … factos!
A vida são de facto… factos!
Um acidente emotivo onde morrem muitas pessoas, um atentado, uma assalto a um banco, uma desistência por cansaço nos jogos olímpicos, uma novela ou um livro que se lê numa explanada. A verdade é que os factos, supostamente afirmações inequívocas, invariáveis, isentas e despojadas de cargas emocionais ou emotivas, são a melhor interpretação da mais pura das verdades. Mas mesmo assim, a omissão de outros factos, leva a que os primeiros sejam eles mesmos falaciosos, gerando novamente o oposto dos factos que é a vida carregada de emoções e interpretações.
É um facto estar sol, um senhor tem um ataque na praia!
Qual é o facto?.. estar sol?, estar na praia?, ter 60 anos?
E desenrolando os factos cada vez mais pormenorizados, chegamos á conclusão que bebe muito, fuma muito, foi para a água com a barriga cheia, apanhou sol demais e desfaleceu, era gordo, sofria de arritmias, tentou surfar na prancha do filho!
No final, não são conjecturas, são factos comprovados.
Mas a autópsia diz um facto... Ninguém sabia... Ele tinha um aneurisma que estava prestes a rebentar. (Facto omisso e resultado da autópsia).
Talvez o sol pudesse contribuir, talvez o álcool, talvez o esforço, talvez...
Mas sucedeu deitado a dormir (na praia) a soneca sob o guarda-sol, a ouvir uma música clássica nos auscultadores. Depois de ter feito tudo que descrevi.
Conclusão: os factos nem sempre são a tradução exacta do acontecimento!
Mas não me fico por aqui!
Numa releitura de alguns livros dou por mim a descobrir que factos, são a base de tudo pois são o garante que pelo menos não se constrói uma tese em sensações ou empirismos.
Releio dados sobre antiguidade clássica e descubro nos factos a imagem de uma realidade.Logo, releio os dez livros de Vitrúvio. Paro-me pelo primeiro capítulo pois a carga é de tal forma que preciso escrever e divagar sobre os factos.
25 de Agosto 2008

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