domingo, 31 de janeiro de 2010

Zelo da autoridade-GêNêErres

Vejamos um sinal de trânsito:

Tenho um carocha de 1954 que, como a antiguidade assim o denota, tem alguma dificuldade de travagem. Pelos calços de travões que se usavam, pelo sistema mecânico de travagem da altura, e por outro lado, a estrada em paralelo gasto, molhado, inclinada para as bermas, com uma largura de 6 m e uma valeta de 30 cm e por fim, um muro de pedra de 3 m em cada lado. Saídas de um qualquer tractor ou casa que ladeia a mesma estrada nacional, torna aquela recta em concreto perigosa. (E. N 13)
Ora, hoje passados mais de 50 anos, os carros são outros, com outra capacidade de travagem, com sistemas a A.B.S., a estrada asfaltada e drenada, com o dobro da largura, com margem e passeio, com valetas galgáveis, sem muros, sem casas e com uma visibilidade total…
Esta é uma situação real na estrada de ligação Póvoa - Esposende, percurso que o meu pai fazia no tal carocha e que eu, passadas duas gerações faço noutro carro com outro contexto.
Resultado:…O sinal é o mesmo!...Os mesmos 50 como limite de velocidade…
È precisamente ali que os nossos caríssimos agentes de transito, se escondem para a caça á multa…
È este “mal-senso” que impera na sociedade actual.
Não é a ”tolerância 0” ou a redução dos limites que vai resolver a situação mas uma real adaptação da lei ás novas realidades… Claro que isso não importa!!...
Isto para não falar de um famalicense idiota que propôs a redução de 120 K m nas auto-estradas para 118 K m pois contribuíria para uma real diminuição dos acidentes rodoviários na mesma via.
Ora, talvez se fossem 140 m o cidadão compreendesse que o limite era realmente aconselhável e indicado, em todas as situações.. e assim, não só cumpria este limite como se habituava, se todos fossem repensados nesta perspectiva a cumprir os demais..
Chama-se a isto, cultura!
Chama-se a isto coerência, chama-se a isto, comportamento cívico e social.
Termos a consciência que devemos respeitar os outros, mas ao mesmo tempo, á nossa volta habar coerência e lógica, e não a contra-lógica para obter fundos e criar situações ambíguas…
Ah, para que se saiba… os agentes que ali circulam, mesmo não tendo pressa, mesmo poupando a gasolina pois tem limites, e mesmo, para passear pois o tempo não lhes falta.. sim, esses, são os mesmos, que NUNCA cumprem os mesmo limites pois circulam mesmo á minha frente muitas vezes…

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